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  Cimpor compra 540 mil acções próprias

25 de Maio de 1999, 19:30

 

A Cimpor adquiriu, deste o iniciou deste mês, cerca de 540 mil acções próprias, que correspondem a 0,64% do seu capital, e equivalem a um investimento aproximado de 13,878 milhões de euros (2,782 milhões de contos). Segundo referiu uma fonte oficial da empresa, ao Canal de Negócios, «estamos apenas a cumprir com o que foi aprovado na assembleia geral, não existindo nenhuma estratégia da empresa a este nível», acrescentando ainda que a empresa está a comprar acções próprias porque «considera que é um bom investimento».Recorde-se que na última, assembleia geral da Cimpor, foi aprovado que a empresa poderia adquirir acções próprias até um montante de 10% do seu capital, valor máximo estabelecido por lei.

A cimenteira presidida por Sousa Gomes parece assim estar envolvida no meio de uma «guerra» intensa, com vários grupos interessados na compra de acções da empresa. De acordo com os dados da última assembleia geral os principais accionistas eram: o BPI (10,7%), o Estado (10,5%), o BCP/BPA e Cisf (7,9%), a Teixeira Duarte (4,2%), a Previsão (2,7%), o IPE (2,7%) e a Secil (1,7%). Contudo, segundo recentes notícias que vieram a público a Teixeira Duarte elevou, após a assembleia geral, a sua posição para 6%, detendo em conjunto com o BCP perto de 14% do capital da Cimpor.

 

 

 

A CIMPOR tomou conhecimento de que foi escolhida pelo Governo tunisino para adquirir o controlo accionista da SOCIETE DES CIMENTS DE JBEL OUST, uma das empresas abrangidas pelo processo de privatização do sector cimenteiro na Tunísia, devendo formalizar a aquisição nos próximos dois meses.

De acordo com o caderno de encargos dessa privatização e com a proposta apresentada, a CIMPOR deterá 100 % daquela sociedade. A capacidade produtiva de cimento adquirida, actualmente de 1,2 milhões de toneladas, atingirá, em conformidade com o plano de desenvolvimento traçado e agora aprovado pelo Governo tunisino, 1,9 milhões de toneladas, no médio prazo.

Com uma uma quota de mercado de 47% na região de Tunis, esta fábrica serve mercados onde se espera um elevado desenvolvimento na implantação de infra-estruturas e de projectos habitacionais e turísticos. No total do mercado tunisino a S C JBEL OUST detém uma quota de mercado de aproximadamente 22 %.

O investimento financeiro com esta aquisição totalizará 38,2 milhões de contos (241,3 milhões de dinares tunisinos), o que representa uma valorização dos activos cimenteiros - englobando capitais próprios e passivo financeiro - a um preço equivalente a 185 USD por tonelada de capacidade produtiva instalada. Se à capacidade produtiva actual se acrescentar a expansão prevista no plano de desenvolvimento aprovado, e uma vez deduzido o investimento necessário à sua realização, o preço implícito por tonelada de capacidade rondará os 150 USD.

A CIMPOR, com instalações situadas em Portugal, Espanha, Marrocos e agora na Tunísia, reforça a sua presença na região mediterrânica ocidental; com as unidades fabris que, além destas, possui no Brasil e em Moçambique, a CIMPOR passa a deter uma capacidade produtiva global de 12,5 milhões de toneladas de cimento.

A médio prazo, com a actual configuração do Grupo CIMPOR o mercado tunisino deverá ser responsável por 7,5% dos seus Volume de Negócios globais e 4 % dos seus Resultados Operacionais.

Este novo investimento da CIMPOR representa mais um passo na concretização da estratégia de internacionalização apresentada aos seus Accionistas, dando prioridade a mercados de elevado potencial de crescimento, com ciclos económicos diferenciados e onde seja possível obter posições competitivas de relevo.

Lisboa, 2 de Setembro de 1998

 

 

PAGAMENTO DE DIVIDENDOS DO EXERCÍCIO DE 1998

Nos termos do disposto na alínea e) do n.º 1 do art.º 349º do Código do Mercado de Valores Mobiliários, e de acordo com o deliberado na Assembleia Geral, realizada em 19 de Abril de 1999, avisam-se os Senhores Accionistas de que, a partir do dia 19 de Maio de 1999, estão a pagamento os dividendos relativos ao exercício de 1998. O valor do dividendo por acção é o seguinte:

  1. ACÇÕES COTADAS
  2. PTE EUROS
    Dividendo Ilíquido 160$3856 0,80
    Retenção IRS/IRC (25%525%) 10$0241 0,05
    Imposto sobre Sucessões e Doações 8$0193 0,04
    Dividendo Líquido 142$3422 0,71
     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

     

  3. ACÇÕES NÃO COTADAS NEM PRIVATIZADAS
 
PTE EUROS
Dividendo Ilíquido 160$3856 0,80
Retenção IRS/IRC (25%) 40$0964 0,20
Imposto sobre Sucessões e Doações 8$0193 0,04
Dividendo Líquido 112$2699 0,56
O pagamento será efectuado através da Central de Valores Mobiliários, nos termos do seu Regulamento.
Para os accionistas abrangidos pelos artigos 9º ou 10º do Decreto-Lei n.º 215/89 de 1 de Julho, a isenção ou dispensa de retenção na fonte de IRS/IRC deverá ser comprovada junto da Instituição Financeira onde as suas acções se encontram depositadas, até ao dia 12 de Maio de 1999.

Lisboa, 21 de Abril de 1999.

A ADMINISTRAÇÃO

 

 

 

 

GRUPO CIMPOR
ANÚNCIO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS DE 1998

VOLUME DE VENDAS - MERCADOS

O Volume de Negócios consolidado realizado em 1998 foi de 186 milhões de contos (929,7 milhões de euros), 11,3% superior ao do ano anterior, espelhando uma evolução muito positiva das vendas de cimento e betão em todos os mercados onde o Grupo actua. Em Portugal apesar do forte crescimento de 1997, as vendas de cimento e betão cresceram 4,2% e 2,3% respectivamente. Em Espanha, as vendas subiram de forma mais acentuada, com um crescimento de 12,3% no cimento e 15,6% no betão. No Brasil, Marrocos e Moçambique as vendas de cimento aumentaram 3,1%, 3,0% e 19,5%, respectivamente. Na Tunísia, as vendas registadas no último trimestre, período utilizado para a consolidação, foram de 264 mil toneladas (acréscimo de 4,5% nas vendas, que atingiram em 1998, 1.104.000 toneladas).

VENDAS DE CIMENTO

Milhares de toneladas 1998 1997 Variação
PORTUGAL 5 940 5 690 + 4,4%
ESPANHA 1 364 1 215 + 12,3%
MOÇAMBIQUE 262 219 + 19,5%
MARROCOS 625 607 + 3,0%
BRASIL 1 673 1 622 + 3,1%
TUNÍSIA 264   S/S
TOTAL 10 128 9.353 + 8,3%
 

SÍNTESE DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS

RESULTADOS CONSOLIDADOS

milhões
  1998 
Pte
1998 
euros
1997 
Pte
1997 
euros
Variação
Volume de Negócios 186 388 929,7 167 835,5 +11,3%
Cash Flow Operacional 67 188 335,1 60 184 300,2 +11,6%
Amortizações e Provisões 31 385 156,5 33 831 168,7 -7,2%
Resultados Operacionais 35 804 178,6 26 352 131,4 +35,9%
Resultados Líquidos 25 147 125,4 18 488 92,2 +36,0%
Interesses Minoritários 1 351 6,7 375 1,9 +260,4%
Resultados Correntes Líquidos 21 887 109,1 16 972 84,7 + 28,9%
Resultados Líquidos do Grupo 23.795 118,7 18 113 90,3 +31,4%
 

Em 1998, os Resultados Líquidos consolidados, depois de interesses minoritários, foram de 23,8 milhões de contos (118,7 milhões de euros), apresentando um crescimento de 31,4%, face ao ano anterior.

Como se verifica no quadro anterior, o Resultado Operacional (EBIT) fixou-se em 35,8 milhões de contos (178,6 milhões de euros), 35,9% superior ao registado no ano anterior, passando a margem operacional de 15,7% em 1997 para 19,2% em 1998.

O Cash Flow subiu para 67,2 milhões de contos (335,1 milhões de euros), representando um crescimento de cerca de 12% face ao ano anterior. A margem de Cash Flow situou-se nos 36%.
 

SÍNTESE DO BALANÇO CONSOLIDADO

BALANÇO CONSOLIDADO

        milhões
PRINCIPAIS RUBRICAS 1998 
Pte
1998 
euros
1997 
Pte
1997 
euros
Variação
ACTIVO LÍQUIDO
Imobilizado 259.166 1.292,7 216.507 1.079,9 19,7%
Circulante 102.474 511,1 72.380 361,0 41,6%
TOTAL 361.640 1.803,9 288.888 1.441,0 25,2%
CAPITAL PRÓPRIO 230.157 1.148,0 202.590 1.010,5 13,6%
Interesses Minoritários 13.165 65,7 16.487 82,2 -20,1%
PASSIVO 118.319 590,2 69.811 348,2 69,5%
TOTAL 361.641 1.803,9 288.888 1.441,0 25,2%
 

De 1997 para 1998, os Capitais Próprios cresceram 13,6% para 230,2 milhões de contos (1148 milhões de euros). De referir a redução dos interesses minoritários de 16,5 (82,3) para 13,2 milhões de contos (65,8 milhões de euros) devido à concretização da OPA sobre a SPC no Brasil, que permitiu aumentar a participação do Grupo CIMPOR de 76,6% para cerca de 99%, envolvendo um investimento de cerca de 18,9 milhões de contos (94,3 milhões de euros).

O total da dívida líquida do Grupo a 31 de Dezembro de 1998 era de 47,4 milhões de contos (236,3 milhões de euros), evidenciando um crescimento de 34,1 milhões de contos (170,1 milhões de euros) face a igual período do ano anterior, em grande parte devido à aquisição da Jbel Oust, na Tunísia. O rácio de endividamento líquido situou-se em 20,6%, contra 6,6% em 1997.
 

PROPOSTAS A APRESENTAR À ASSEMBLEIA GERAL

Tendo em conta a evolução favorável dos indicadores em 1998, será proposto na próxima Assembleia Geral, a realizar no dia 19 de Abril, o pagamento de um dividendo bruto por acção de 0,80 euros (160,4 escudos), que representa em termos líquidos, um crescimento de 43,8% em relação ao dividendo pago em 1997. O dividend yield, à cotação actual, é de aproximadamente 3,1%.

Com este dividendo, a CIMPOR distribuirá 85,8% dos seus resultados disponíveis. O dividendo de 1998 é composto por um dividendo de 0,65 euros (130,2 escudos) correspondente a um pay out de 50% dos Resultados Correntes Líquidos após minoritários e um dividendo extraordinário de 0,15 euros (30,1 escudos).

O Conselho de Administração da CIMPOR vai propor na AG a alteração da denominação do capital social para euros, passando uma acção a apresentar um valor nominal de 5 euros (em vez dos actuais 1000 escudos), correspondente a 420 milhões de euros (84,2 milhões de contos) de capital social.

Será igualmente proposto, aumentar o capital social em 252 milhões de euros (50,4 milhões de contos), através de incorporação de reservas, mediante a criação de 50,4 milhões de novas acções no valor nominal de cinco euros cada uma, daí resultando a atribuição de 6 novas acções por cada 10 detidas. O capital da sociedade passará, assim, de 420 milhões de euros (84,2 milhões de contos) para 672 milhões de euros (134,7 milhões de contos).
 

Lisboa, 24 de Março de 1999

 

 

 

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